Posso vender meu carro durante o financiamento?

Posso vender meu carro durante o financiamento?

Comprar um carro é uma grande conquista financeira para muitos brasileiros. Muito além da liberdade para ir a qualquer lugar quando quiser, dirigir um veículo próprio representa a conquista da tão sonhada independência financeira.

Existem diferentes formas de pagamento para você adquirir um carro para chamar de seu. Além da compra à vista, existe a possibilidade de financiar o valor do veículo, assim você paga aos poucos para garantir o seu bem. 

No entanto, muitas pessoas que escolhem o financiamento acabam vendendo o veículo antes de quitar completamente o pagamento. Seja por não conseguirem arcar com a despesa ou por vontade de trocar o modelo, é comum que queiram vender o carro antes do tempo previsto para o fim das parcelas. E de fato, vender o seu carro durante o financiamento é possível, mas não em todas as modalidades. 

Bateu a curiosidade? Então continue a leitura que vamos explicar!

 

Tipos de financiamento automotivo

A compra financiada é uma forma de pagamento extremamente vantajosa para quem não tem dinheiro suficiente para pagar à vista e pode se comprometer a quitar as parcelas por um longo tempo. 

O ideal é que cada pagamento tome no máximo 30% da sua renda mensal. Assim, você não se enrola com as demais despesas do seu custo de vida. 

É muito importante destacar que o financiamento depende da reputação de crédito do comprador nos bancos de dados. Se você tem o nome sujo no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) ou no Serasa, provavelmente vai ter dificuldades em conseguir um financiamento. 

O financiamento de seminovos não é muito diferente do financiamento de carros 0km. A diferença mais importante está nas taxas, que também podem variar de acordo com o modelo e a desvalorização do veículo.

No mercado automotivo brasileiro, as pessoas costumam considerar como financiamento qualquer compra  de veículo parcelada. Dessa forma, existem três principais modalidades de financiamento. Veja a seguir: 

 

Leasing 

Pelo próprio nome, já dá pra imaginar que o leasing funciona da mesma forma que um aluguel. A instituição financeira é proprietária do veículo até que o comprador termine o pagamento de todas as parcelas. Uma vez que o financiamento é quitado, a titularidade do carro pode ser transferida.

No leasing, os juros são definidos no contrato e não sofrem alteração ao longo do tempo de pagamento das parcelas. Portanto, essa modalidade é a opção ideal para quem gosta de previsibilidade para planejar suas finanças. Contudo, há uma grande desvantagem! No caso de inadimplência, o veículo é apreendido e o comprador não recebe nenhuma parcela dos pagamentos já realizados. 

 

CDC

O Crédito Direto ao Consumidor ou CDC é basicamente um empréstimo direto para o comprador. O carro já sai da concessionária no nome do dono, mas não pode ser revendido até o final do pagamento de todas as parcelas. Portanto, para financiar um carro com CDC é preciso ter certeza de que você vai poder arcar com todas as despesas da aquisição.

Da mesma forma que no leasing, os juros do CDC são fixos e determinados no contrato. Porém, por ser um tipo de empréstimo, este tipo de financiamento está sujeito às variações do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Se o comprador não quitar as parcelas, o banco faz uma solicitação de judicial e o carro vai a leilão. O dinheiro obtido na venda é utilizado para quitar os débitos, e o excedente retorna para o comprador original, se houver. 

 

Consórcio

Tecnicamente, o consórcio não é considerado um tipo de financiamento, mas por se tratar de uma compra parcelada, pode ser avaliado pelos mesmos critérios. Esta modalidade de pagamento é feita através de uma empresa que administra um grupo de consumidores para pagar as prestações do financiamento. Mês a mês, um dos membros do consórcio é sorteado para receber o veículo. Além disso, os consorciados podem adiantar as parcelas, e nesse caso o maior lance é o vencedor. 

A principal vantagem do consórcio é não possuir taxa de juros, mas sim uma taxa de serviço que pode variar de acordo com a administradora. Na prática, o valor não muda muito das demais formas de pagamento. A grande desvantagem é que o consumidor pode demorar a ter o veículo em mãos. Mais além, o preço das parcelas acompanha o preço do veículo e taxas como o IOF. No caso de compradores inadimplentes, o consorciado é considerado excluído e concorre com outros membros na mesma situação.

 

Afinal, posso vender meu carro durante o financiamento?

Dificilmente você vai comprar um carro sem poder arcar com as parcelas e outros gastos. Porém, imprevistos acontecem, e muitas vezes precisamos redirecionar o dinheiro para outras despesas. Assim, se as parcelas do carro estiverem interferindo no seu orçamento para despesas mais importantes do seu custo de vida, o ideal é tentar transferir o financiamento. 

Saiba como preparar o seu seminovo para revenda. 

As modalidades de compra parcelada que aceitam revenda antes do pagamento total são o leasing e o consórcio. Nesse caso, você precisa fazer a solicitação diretamente com a instituição financeira que fez o seu financiamento. 

 

Como vender um carro durante o financiamento

Existem duas maneiras de vender um carro durante o financiamento: vendendo à vista ou transferindo o financiamento. Confira:

Venda à vista

Na venda à vista, o vendedor recebe todo o pagamento do veículo de uma só vez e usa o dinheiro para quitar o financiamento. A grande vantagem é poder adiantar as parcelas financiadas e poder negociar com o banco para conseguir o maior abatimento possível das parcelas em aberto. 

Quem compra o veículo já recebe o carro com todas as dívidas de aquisição quitadas, por isso não precisa se preocupar com o financiamento. Para não cair em furada, é preciso avaliar se toda a documentação está em dia e se de fato as parcelas foram quitadas totalmente. 

Transferência do financiamento

A transferência do financiamento é um pouco mais complexa e trabalhosa do que a venda à vista. Tanto o vendedor quanto o comprador precisam ir ao banco em que foi feito o financiamento e pedir uma análise de crédito. A reputação de crédito do novo proprietário precisa ser boa para conseguir uma aprovação. É importante destacar que o banco vai cobrar taxas pela operação, mesmo se não aprovar a transferência. 

Uma vez aprovada, é possível fazer a transferência como se fosse um novo financiamento. O novo proprietário assume a dívida e pega o veículo em seu nome.

 

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