Diferenças entre os níveis de direção autônoma

Diferenças entre os níveis de direção autônoma

Quando ouvimos falar em direção autônoma, o que vem à mente é uma imagem futurista de carros voadores, roupas prateadas e inteligências artificiais, certo? Isso acontece porque a direção que não depende do motorista para mover o carro parece estar muito longe da nossa realidade de consumo.

No entanto, a verdade é que esse tipo de tecnologia está mais próximo do que você imagina! A direção autônoma possui diferentes níveis que já estão presentes no nosso dia a dia. Bateu a curiosidade? Vamos explicar para você como funciona cada nível. 

 

Os 6 diferentes níveis de direção autônoma 

Existem basicamente seis níveis de direção autônoma, desde a ausência dessa tecnologia até a movimentação, que é completamente independente do motorista. Esses níveis fazem parte de uma escala criada pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE).

Saiba como funciona essa categorização:

1. Sem direção autônoma

No nível 0 da direção autônoma, o carro não consegue assumir nenhuma das funções do motorista. Assim, o condutor precisa estar totalmente atento para os seus arredores e determinar a melhor reação para situações de perigo. Neste nível, entram equipamentos como o controle de tração, que age somente em determinadas situações.

2. Direção assistida

A direção assistida é a forma mais comum de autonomia que temos no mercado. Você provavelmente tem um veículo de nível 1 na sua garagem sem ter ideia de que se trata de direção autônoma! 

Nesse nível, o motorista conta com funcionalidades como o Controle de Cruzeiro Adaptativo, que serve para manter o veículo em velocidade constante. E o Assistente de Permanência em Faixa, que ajuda o condutor a guiar o carro dentro da marcação de faixas no asfalto. Esses recursos podem ser facilmente ativados e desativados, de acordo com as preferências do motorista.

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3. Direção parcialmente autônoma 

Os veículos do nível 2 são equipados para controlar o deslocamento do carro para frente e para trás. Isso significa que o carro é capaz de acelerar, frear e guiar o volante sem o esforço do motorista. 

Apesar de ter um alto custo de aquisição, os carros com direção parcialmente autônoma já estão rodando e estacionando por aí. Um exemplo desse tipo de tecnologia é o Autopilot da Tesla, recurso que permite que o motorista selecione um percurso urbano para o carro fazer sozinho. 

4. Direção autônoma condicional

O nível 3 é considerado o limite atual de avanço no desenvolvimento da direção autônoma. O motorista pode selecionar um percurso de viagem e acionar o funcionamento do sistema de acordo com a sua necessidade. Contudo, o veículo não consegue trafegar sozinho no perímetro urbano.

Vale lembrar que o nível 3 ainda requer um certo nível de atenção do motorista para garantir que os controles estão funcionando corretamente e avaliar a segurança da situação. 

5. Direção altamente autônoma 

A direção autônoma de nível 4 tem o desafio de conseguir identificar as condições da estrada e do próprio veículo para agir de acordo com a segurança que oferecem para os ocupantes. Dependendo da avaliação, o sistema pode alertar o motorista de que não é capaz de operar corretamente e assim pedir que assuma o controle do automóvel.

Apesar disso, será um recurso extremamente útil! Já pensou em poder viajar até Belo Horizonte, Rio de Janeiro ou São Paulo sem se preocupar com a condução do veículo?

6. Direção totalmente autônoma

Nesse nível, os carros podem se movimentar completamente sozinhos. Os veículos conseguem assumir todas as funções da direção por longos períodos de tempo, sem precisar da atenção constante do motorista. Contudo, o sistema ainda pode pedir que o motorista intervenha em algumas situações.

Em sua maioria, são carros elétricos, que possuem acesso à internet e sistemas de posicionamento de última geração que avaliam o perigo da rodovia e corrigem os próprios erros da direção. Esses veículos têm sensores de proximidade altamente eficientes que podem desviar de outros carros, dar vez para os pedestres e até parar no sinal vermelho.

 

O que podemos esperar da direção autônoma para o futuro?

A possibilidade de ter veículos que dirigem sozinhos é muito promissora. Com essa tecnologia, é possível transformar a experiência de transporte a longas distâncias, além de agilizar o trabalho em diferentes mercados e remover a presença humana de operações potencialmente perigosas. É o tipo de tecnologia que vai construir um futuro melhor!

Outro ponto positivo é poder reduzir o número de acidentes de trânsito, tornando as ruas mais seguras tanto para quem está de carro quanto para quem anda a pé. Os carros sem motorista são uma forma muito eficiente de se deslocar do ponto A até o ponto B. Grande parte das batidas, atropelamentos e colisões acontecem por erro humano, por isso a tecnologia da direção autônoma reduziria significativamente as mortes, os ferimentos e os danos causados pelo trânsito. 

Para tudo isso ser possível, é preciso haver muitas mudanças. O problema do erro humano, por exemplo, por si só já é um problema para a implantação dos carros que dirigem sozinhos. Ambientes humanos são complexos e imprevisíveis, o que torna o desenvolvimento de tecnologias certeiras ainda mais desafiador. Afinal, é difícil antecipar a presença de motoristas que desrespeitam as regras de trânsito, nem de pedestres ansiosos para atravessar a rua.  

Atualmente, não existem veículos totalmente automatizados rodando sozinhos pelas ruas. Isso acontece muito por causa do custo de produção, que torna essa tecnologia ainda pouco acessível para a grande maioria dos consumidores. 

Além disso, a maior razão da direção totalmente autônoma ser bastante exclusiva é quanto à legislação. Por se tratar de um recurso experimental e com pouca garantia de segurança para ocupantes e pedestres, grande parte dos países proíbe a condução de um veículo sem a devida atenção do motorista. 

Assim, a direção totalmente independente de um condutor humano ainda deve demorar alguns anos para fazer parte do nosso o dia a dia. Porém, outros níveis dessa tecnologia já estão presentes nos carros de grande parte dos consumidores, mesmo que muitas pessoas não saibam. A perspectiva é de avançarmos cada vez mais para incorporar esses recursos em veículos acessíveis para todos os motoristas. 

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