Como financiar a compra de carro seminovo?
Para muitas pessoas, comprar um carro representa a conquista da independência financeira e da liberdade de se locomover. O financiamento de automóveis usados é a forma mais comum de se atingir essa autonomia. Apesar de gerar muitas dúvidas para os compradores, esse processo é mais simples do que parece.
Entenda a seguir como financiar a compra de um carro seminovo.
Primeiros passos
Antes de buscar um financiamento, é importante fazer o planejamento financeiro. De acordo com o seu orçamento, são identificados todos os possíveis gastos com o veículo, da compra do automóvel até as manutenções necessárias. Não se esqueça de que fazer uma reserva de emergência é fundamental para evitar futuras preocupações.
Esse planejamento vai guiar você desde a escolha do carro até o financiamento, portanto deve ser o mais completo possível. Organizar as informações da forma certa e com antecedência permite juntar mais dinheiro para a entrada, e assim negociar melhor os juros, as parcelas e o prazo para pagamento. Fique atento: o ideal é que o financiamento comprometa até 30% da sua renda.
Em seguida, você deve escolher o melhor seminovo para as suas necessidades. Precisa sair de carro todo dia? Quer um carro para viajar com a família? Ou anda muito na estrada de terra? Tudo isso deve ser levado em consideração na hora de comprar um carro usado.
Confira o nosso checklist da compra de seminovos. E não deixe de fazer o test drive para conferir todas as funcionalidades dos veículos.
Escolhendo o financiamento
Saber suas opções é fundamental para tomar a melhor decisão. As instituições financeiras oferecem diversas formas de financiamento para veículos usados. É importante lembrar que é mais difícil conseguir um financiamento caso o nome do comprador esteja no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) ou Serasa. Nesse caso, vale a pena quitar a dívida primeiro e esperar um pouco mais antes de comprar o veículo.
Se você optar por um financiamento no banco, saiba que existem planos que financiam de 70% a 100% do valor do automóvel desejado. Você também pode fazer o financiamento direto com a seguradora, e neste caso são unificadas duas modalidades de serviço: a compra e o seguro do automóvel. Por fim, existe uma infinidade de instituições de crédito que oferecem as mais variadas condições de pagamento.
A melhor opção vai depender da sua situação financeira. Você deve avaliar o Custo Efetivo Total (CET), que é a soma do valor do veículo com todas as taxas do financiamento.
É importante verificar cuidadosamente as cláusulas do contrato e assinar somente após compreender o que está sendo negociado.
Como funciona o financiamento
As opções mais comuns para financiamento de veículos usados são o leasing, o consórcio e o Crédito Direto ao Consumidor (CDC).
O leasing funciona como se a empresa alugasse o carro para o consumidor. O veículo fica no nome da instituição até a quitação de todas as parcelas. Quando o financiamento estiver pago, o carro passa para o nome do comprador.
No consórcio, uma empresa administra um grupo de consumidores que paga as prestações do financiamento, e uma vez por mês um dos membros é sorteado para receber o veículo. Além do sorteio, os consorciados podem oferecer um adiantamento das parcelas. Dessa forma, o maior lance é o vencedor. O consórcio não tem taxa de juros, mas tem a taxa de serviço, que varia entre as administradoras.
Já o CDC funciona como um empréstimo direto do banco para o consumidor. O carro não pode ser negociado para terceiros até o fim do pagamento de todas as parcelas.
Vantagens e desvantagens
Uma grande vantagem do leasing é que os juros são definidos no contrato e não sofrem alteração no decorrer do tempo de pagamento. No entanto, a grande desvantagem é que, no caso de inadimplência, a empresa toma o veículo do comprador, que não recebe nenhuma parcela dos pagamentos anteriores.
Já o consórcio pode ser um pouco mais imprevisível, já que o preço das parcelas acompanha o preço do automóvel e algumas taxas, como o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras). Na falta de pagamento, o consumidor é considerado um consorciado excluído, e passa a concorrer com outros clientes inadimplentes.
Por fim, no CDC, as taxas de juros são fixas e podem ser negociadas antes do fechamento do contrato. Por ser um empréstimo, o crédito direto ao consumidor também está sujeito ao IOF. Em caso de inadimplência, o banco solicita judicialmente o veículo, que vai a leilão. Parte do valor da venda é usado para quitação dos débitos, e o restante (se houver) é retornado ao consumidor.
Já deu para ver que o financiamento de seminovos é bem semelhante com o dos veículos 0km, não é? A principal diferença está na negociação das taxas.
No leasing e no CDC, é importante destacar que, como o automóvel fica como garantia da instituição financeira, quanto mais novo o carro, menores serão as taxas de juros. Isso acontece porque menor será a desvalorização do veículo caso a empresa precise vendê-lo para pagar as dívidas.
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